O inspector dobrou a gabardina, poisou-a cuidadosamente sobre as costas da cadeira, encheu o peito de ar e disse, ao mesmo tempo que expirava:
«Foi o Marcelo.»
«O Marcelo, inspector…?», escandalizou-se o guarda Caetano.
«O Marcelo, Caetano.»
Tomás entrou de rompante no gabinete, corado ainda do opíparo almoço.
«Viva, inspector! Viva, Caetano!»
«O Américo, Tomás?», perguntou o inspector.
«Pensei que estava consigo.»
«Comigo? Não o vejo desde ontem. Preciso que você vá com ele e com o Caetano.»
«Fazer o quê, inspector?»
«Buscar o Marcelo», suspirou o guarda. Tomás voltou a sua incredulidade para o cívico:
«O Marcelo, Caetano?»