
(Eu estava a brincar quando disse que o imaginaria com a cara de Vasco Santana, usei a da Alma Mahler, haha. Foi bom para si também?)
Dos quadrinhos expostos – o óleo, algo soturno, representando o filho Titus; algumas, poucas, gravuras; e outros tantos esboços –, gostei particularmente do esquiço representando uma mulher de costas com um belo drapejado no local onde, como sói dizer-se, as costas mudam de nome. Se já não visita o museu há uns tempos, aproveite para dar uma voltinha, veja o novo quadro que o Tiepolo criou expressamente para os portugueses (veio na imprensa) e constate como o MNAA está muito mais bonito, vê-se que andou ali mão de pintor.
Cabe aqui lembrar que Rembrandt era holandês, e de um holandês sabemos o que esperar: “Forçudo, talhado à bruta, competente, concentrado, rude no falar e nos modos, pesado no movimento, como se o corpo tenha dificuldade em dobrar-se e obedecer ao que o cérebro vagarosamente lhe manda”. É J. Rentes de Carvalho quem no-lo diz em Com os Holandeses, publicado agorinha mesmo pela Quetzal, pormenores aqui, foi de onde tirei essa citação. Não tenha medo de ler, os holandeses gostam que um estrangeiro lhes diga como são, e eles não são nada como nós – por isso o livro, na versão holandesa, já vai na 14ª edição.
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Imagem: bonito, hmm? Não é Rembrandt.