O senhor Roberto trancou o pequeno Opel. Era noite escura, o bairro perigoso, e, a meio dos cento e cinquenta metros que o separavam da entrada do prédio, teve um pressentimento:
“Vou morrer.”
Quarenta e dois anos depois, na Unidade de Cuidados Intensivos, uma enfermeira ainda chegou a tempo de ouvir as suas últimas palavras:
“Eu sabia.”