26.2.09

Um fragmento

“E sucedeu que ao fim de quarenta dias Noé abriu a janelinha da arca que construíra: e enviou um corvo, que voou para lá e para cá até que as águas se sumissem da terra; mas nem a sua mulher, nem o seu filho Sem, nem o seu filho Cão, nem o seu filho Jafete, nem o corvo  acharam que isso fizesse qualquer sentido; e falaram-lhe com palavras de repreensão. Então a face de Noé cobriu-se de uma tez avermelhada, embora ele bebesse com moderação, e eis que soltou uma pomba, para que visse se as águas haviam escorrido da face da terra; mas a pomba não encontrou onde poisar a planta do pé, e regressou até ele na arca; pois as águas estavam ainda na face de toda a terra. E eis que Noé estendeu a mão, e apanhou a pomba e a trouxe para dentro da arca, onde lhe mostrou o Guia das Árvores do Mediterrâneo e do Oriente Médio. E ali o estudaram sete dias; e mais uma vez Noé enviou a pomba a partir da arca. E a pomba regressou pela tardinha; e eis que no bico trazia um raminho de azinheira; então Noé obrigou a pomba a estudar o Guia das Árvores do Mediterrâneo e do Oriente Médio durante mais sete dias, e soltou-a; e eis que a pomba regressou pela tardinha; e, eia, no bico trazia um raminho de sobreiro. Noé esperou ainda sete dias enquanto a pomba estudava o Guia das Árvores do Mediterrâneo e do Oriente Médio; e enviou a pomba, que não regressou porque estava com medo de Noé e preferiu ir morar com uma tia que vivia numa oliveira a apenas alguns estádios daquele local. Noé tirou a cobertura da arca para ver se a pomba ali se escondera; e eia, eis que a face da terra estava enxuta; no segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra estava enxuta.”